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Mário Ferreira quer construir "mais quatro ou cinco" navios para a Antártida

Com o seu primeiro navio oceânico em fase de conclusão nos estaleiros de Viana do Castelo, o maior operador português de cruzeiros fluviais assume a intenção de construir “mais quatro ou cinco”. O World Explorer, orçado em 70 milhões de euros, entra em operação em Novembro.

"Precisamos e vamos encomendar" mais navios oceânicos, garante o empresário Mário Ferreira. Ricardo Castelo
Rui Neves ruineves@negocios.pt 19 de Abril de 2018 às 21:00

A partir de Buenos Aires, onde está a participar no World Travel and Tourism Council (WTTC), o empresário Mário Ferreira avançou ao Negócios a intenção de construir mais uma mão cheia de navios semelhantes ao World Explorer, o primeiro navio oceânico da sua frota, que está a ser construído nos estaleiros navais de Viana do Castelo.

 

"Ficou patente neste grande evento mundial do turismo que poderemos construir mais quatro ou cinco navios de expedição", porquanto "o mercado é, neste momento, várias vezes superior à oferta", justificou o presidente da Mystic Invest, a sua "holding" pessoal que detém, entre outras, a Douro Azul e a Nicko Cruises.

 

"Precisamos e vamos encomendar", garantiu Mário Ferreira, adiantando que está "em negociações com a West Sea, estaleiros espanhóis e italianos".

 

Sem querer detalhar números e prazos, disse que gostaria de "começar a construção do segundo Explorer ainda no último trimestre deste ano. Depende do financiamento", ressalvou.

 

Se as expectativas de Ferreira se concretizarem, a primeira réplica do World Explorer entrará em obra assim que o original começar a navegar rumo à Antártida.

 

 "O World Explorer arranca em Novembro e chegará a Ushuaia 30 dias depois. Vamos sair directos desde o Porto, com paragem em Lisboa, Cabo Verde e Malvinas", revelou o cognominado "rei" do rio Douro.

 

O primeiro navio oceânico do grupo vai oferecer itinerários de cruzeiros de expedição na Antártida entre Novembro a Março, "época que está totalmente vendida ao operador Quark", com partida em Ushuaia, cidade situada na ponta sul da Argentina.

 

"Em Abril, voltará à Europa, onde fará cruzeiros entre o Porto e o Rio de Janeiro", passando por destinos como Salvador, Recife ou Funchal. "Já está tudo a ser vendido pelo operador Nicko Cruises", a companhia alemã comprada por Mário Ferreira e que o tornou um dos tubarões mundiais dos cruzeiros fluviais. A Nicko opera duas dúzias de navios em 15 rios em três continentes.

 

O World Explorer, que está a ser construído pela West Sea, empresa do grupo Martifer, está orçado em cerca de 70 milhões de euros, tendo sido financiado através de dois empréstimos obrigacionistas, no valor global de 50 milhões de euros, e o restante por instituições bancárias.

 

Ferreira está agora "a negociar com vários bancos estrangeiros e portugueses" o financiamento à construção de mais navios oceânicos.

 

Com 126 metros de comprimento e 19 de largura, o World Explorer estará equipado com tecnologia Rolls-Royce e uma capacidade para cerca de 200 pessoas e 111 tripulantes. 

 

Compromisso assinado no combate ao tráfico ilegal de espécies selvagens

 

Esta quinta-feira, 19 de Abril, a Mystic Invest "foi a única representante nacional entre os 43 co-signatários da Declaração de Buenos Aires do World Travel and Tourism Council (WTTC) acerca do combate ao tráfico ilegal de espécies selvagens e ao desenvolvimento de práticas turísticas sustentáveis e que respeitem os ecossistemas naturais", enfatizou a empresa de Mário Ferreira, em comunicado.

 

O empresário português, presente na capital argentina, onde decorre o congresso mundial do WTTC, assinou a declaração em conjunto com mais 42 outras empresas, entre as quais Google, Emirates, National Geographic, Royal Caribbean, Marriott, Thomas Cook, Airbnb, American Express ou TripAdvisor.

 

Estas empresas "assumem o seu compromisso de apoiar os esforços internacionais no combate ao tráfico ilegal de espécies animais, bem como de trabalharem em conjunto para uma maior consciencialização internacional da necessidade de combater este problema e para a promoção de esforços de preservação da natureza"

 

"Numa altura em que a conservação do nosso planeta se encontra em debate, é importante que as empresas do sector do turismo assumam uma posição pró-activa e liderem estes esforços de preservação do ambiente e da fauna" declarou Mário Ferreira.

 

"As nossas empresas, especificamente as do sector dos cruzeiros, têm vindo a implementar boas-práticas ao nível da sustentabilidade, algumas das quais felizmente têm vindo a ser adoptadas pelo resto da indústria, e foi com naturalidade e entusiasmo que desde a primeira hora fizemos questão de estar presentes e de assinar esta declaração", enfatizou, ainda, o presidente da Mystic Invest.

 

Entre os processos de inovação em sustentabilidade que a Mystic Invest tem vindo a desenvolver ao longo dos anos, a empresa destaca o facto de "ter sido pioneira na implementação de painéis solares nos seus navios no Douro, de implementação de sistemas de iluminação de LEDs que diminuem o consumo energético, o estabelecimento de sofisticadas ETARs a bordo, ou a integração de sistemas de alimentação energética que permitem conectar os navios à rede eléctrica diminuindo a necessidade de utilização dos motores quando atracados".

 

Incontornável foi ainda a referência à parceria com a Rolls-Royce para equipar o primeiro de uma série de navios oceânicos do grupo, o World Explorer, "com os motores híbridos e eco-eficientes".

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